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Votos no Brasil podem fazer do Chega a segunda força em Portugal

Total de votos do círculo de Fora da Europa deve ser anunciado nesta quarta-feira (28/05)

atualizado

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Alexander Spatari/Getty Images
Foto colorida da bandeira de Portugal e há construções em volta do mastro
1 de 1 Foto colorida da bandeira de Portugal e há construções em volta do mastro - Foto: Alexander Spatari/Getty Images

Os eleitores portugueses que vivem no Brasil e os luso-brasileiros com direito a voto nas eleições legislativas de Portugal devem transformar o Chega na segunda força política da Assembleia da República. Segundo cientistas políticos ouvidos pelo PÚBLICO Brasil, assim como venceu o pleito de 2024 entre esses eleitores, garantindo mais um assento no Parlamento pelo círculo de Fora da Europa (o outro ficou com o PSD), a legenda de extrema-direita deve repetir o feito, ultraando o Partido Socialista (PS) em número de deputados. Até o momento, as duas agremiações estão empatadas com 58 parlamentares cada. O resultado deve ser anunciado nesta quarta-feira (28/05).

Não será surpresa também, no entender dos especialistas, se o Chega ganhar mais um deputado dentro do círculo da Europa, que exclui Portugal. No ano ado, o partido ficou com um dos dois assentos desse circuito na Assembleia da República. “Vemos, em todo mundo, um crescimento expressivo da ultradireita. E, em Portugal, não está sendo diferente”, diz o cientista político Rafael Favetti. O especialista explica que os eleitores que apoiam essa corrente extremista seguem o conceito da individualização na política, movimento disseminado pelas redes sociais. “Ou se apegam a uma pessoa, um mito, ou a um partido, na falsa ilusão de que todos os seus problemas serão resolvidos”, sublinha.

Favetti lembra que muitos brasileiros que moram em Portugal e têm direito de participar das eleições votaram no Chega apesar de a principal bandeira do partido ter sido contra a imigração. “Esse universo de eleitores se coloca como melhor do que os imigrantes de outras nacionalidades e acredita que não será prejudicada por políticas anti-imigratórias”, ressalta. “Já a parcela dos portugueses que vive fora de Portugal acaba se prendendo a uma espécie de ado glorioso, que não existiu, no qual não há espaço para imigrantes, apesar de eles, portugueses, terem emigrado ou serem descendentes de emigrantes”, complementa.

Tal contradição, na opinião do cientista político André Rosa, pode ser explicada pela dificuldade que determinados grupos têm de questionar o que recebem de informações. Mas há, também, nas decisões de voto, uma boa camada de preconceito e mesmo de competição. “Um grupo de imigrantes, por exemplo, defende a proibição de chegada de mais estrangeiros no país, para que não haja mais concorrência no mercado de trabalho. E não há nenhum exagero nisso”, frisa. Para Rosa, isso está claro nos Estados Unidos, onde imigrantes de algumas nacionalidades votaram em Donald Trump, a despeito de ele se opor à imigração.

“Os Estados Unidos, por sinal, se tornaram referência para o avanço da extrema-direita. O pensamento de parte dos eleitores é o seguinte: se o país mais rico do mundo está indo nesta direção, é sinal de que este é o melhor caminho”, afirma. No entender de Rafael Favetti, quando prega contra a imigração, os Estados Unidos estão matando a base de sua força econômica, que são os imigrantes. “E o mesmo pode acontecer em Portugal e no resto da Europa se o extremismo de direita conquistar espaço ainda maior na política”.

Para Flávio Martins, segundo candidato do PSD no círculo de Fora da Europa que entrou no Parlamento com a nomeação do deputado eleito José Cesário para secretário de Estado das Comunidades, “a vitória do Chega no Brasil é a tradução do perfil da comunidade portuguesa fora da Europa, mais conservadora e mais voltada à direita”. O social-democrata, que nasceu no Rio de Janeiro, frisa que os votos que iam para o PSD, de Luís Montenegro, aram a ser divididos, com parte “migrando para novas tendências”.

“No ano ado, quando o Chega ganhou no Brasil, teve o fator bolsonarismo. O líder do Chega fez uma política de aproximação com o ex-Presidente Jair Bolsonaro e usou isso muito bem nas redes sociais”, destaca Martins. Neste ano, mesmo que esse fator já tenha sido esvaziado, o Chega deve-se beneficiar da troca maciça de informações — a maioria, falsa — entre brasileiros que moram em Portugal e eleitores que vivem no Brasil.

Segundo Ana Contreiras, que mora no Brasil e é a segunda candidata pelo Partido Socialista pelo círculo de Fora da Europa, é triste ver parte de um povo emigrante, como o português, optar pelo radicalismo da ultradireita, cuja única bandeira é a anti-imigração. “Nós, portugueses, somos um povo emigrante. É muito fácil dizer que há muitos brasileiros em Portugal, mas também há muitos portugueses pelo mundo. Não pode haver radicalismo num país que é de emigrantes”, assinala. “Eu sou imigrante no Brasil”, afirma.

 

(Transcrito do PÚBLICO-Brasil)

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