Fazer peeling de fenol pode afetar a saúde do coração? Médico responde
Muitas pessoas têm dúvida em relação ao peeling de fenol, sobretudo se a técnica apresenta riscos à saúde. Descubra
atualizado
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O peeling de fenol é um procedimento conhecido pela eficácia em amenizar rugas, marcas de acne e flacidez do rosto. Muitas pessoas, inclusive, viralizaram na internet após mostrar o resultado “milagroso” do tratamento. A intervenção, considerada invasiva, requer alguns cuidados antes, durante e após a realização.
Sucesso nas redes sociais, o peeling de fenol também é capaz de minimizar cicatrizes, forçando a troca da pele do rosto por uma mais nova. O procedimento tem como base a aplicação de um ácido, que promove uma profunda descamação na face e estimula a produção de colágeno.
Uma dúvida que muitas pessoas têm em relação ao peeling de fenol é sobre os perigos da técnica à saúde. Ao Metrópoles, o médico Felipe Meletti explica que o procedimento pode, sim, ser seguro, desde que seja realizado de forma adequada. Neste caso, os riscos dependem do organismo de cada pessoa.
“Quando falamos em procedimentos médicos, é feita uma avaliação dos riscos prévios, mas não conseguimos garantir que nada vai acontecer porque o corpo humano responde de diferentes formas. Existem riscos, mas eles não estão atrelados ao procedimento e, sim, ao organismo de cada pessoa”, explica.

Ele, então, alerta para o mito dos problemas cardiovasculares e nefrotóxicos em relação ao fenol.
“A dose que usamos hoje em dia equivale a 1/5 da dose tóxica. Ele é muito seguro. Anos atrás, tinha essa possibilidade porque o fenol não era muito tamponado, o que facilitava a absorção imediata e causava uma cardiotoxicidade. Mas, atualmente, isso não ocorre”, elucida.
Cuidados para a realização do peeling de fenol
De acordo com o médico, o peeling de fenol deve ser feito, preferencialmente, em hospitais. Isso porque uma sedação anestésica se mostra necessária. O procedimento atinge a camada mais profunda da derme para reduzir sinais mais intensos de envelhecimento facial.
“Ao optarmos por realizar o peeling de fenol em blocos cirúrgicos, diminuímos as chances de arritmia cardíaca causada pela dor. Além disso, é possível garantir a segurança e o e necessário ao paciente quando feito em hospitais com anestesia”, esclarece.
Felipe ainda aponta que a técnica não é indicada para todos os perfis. Indivíduos que possuem tendência a desenvolver quelóides e pessoas com peles morenas ou negras podem ter problemas com a recuperação do peeling, mas “tudo vai depender de uma avaliação prévia para pesar os riscos e benefícios”, diz o dermatologista.