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Whey protein: como saber se preciso suplementar proteína?

O whey protein pode ser uma ferramenta prática e eficiente para complementar a ingestão de proteínas, mas não deve substituir os alimentos

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O whey protein é um suplemento popular entre atletas e praticantes de atividades físicas, frequentemente associado ao ganho de massa muscular. Mas você sabe, de fato, quando a suplementação é necessária?

A nutricionista Carla de Castro, da Clínica Sallva, em Brasília, explica que o primeiro o é avaliar a ingestão diária de proteínas para identificar se as necessidades estão sendo atendidas. “Nós avaliamos os hábitos alimentares para verificar se o paciente está consumindo alimentos ricos em proteína. O cálculo padrão fica entre 1 a 2 gramas de proteína por quilo de peso por dia”, diz.

Segundo ela, a suplementação pode ser indicada quando a dieta não é suficiente para suprir a demanda, seja por dificuldade de consumo de proteínas ou por condições específicas, como idosos que comem em pouca quantidade, crianças com seletividade alimentar ou pessoas que praticam exercícios intensos e necessitam de uma boa recuperação muscular.

“A suplementação de whey é recomendada de acordo com a individualidade de cada um. Para atletas ou pessoas em processo de hipertrofia, o suplemento é ideal para alcançar a quantidade diária de proteína necessária, que geralmente é maior conforme o peso”, acrescenta a nutricionista Aline Mantelli, da Clínica CliNutri, em São Paulo.

Além disso, o corpo pode dar sinais de uma ingestão insuficiente de proteínas. A nutricionista Rejane Souza, do grupo Mantevida, aponta que sintomas como fadiga, perda de massa muscular, dificuldade de recuperação após treinos e cicatrização lenta podem indicar baixa ingestão do macronutriente.

A suplementação também pode ser uma opção prática em casos específicos. “Ele é indicado para pessoas com risco de sarcopenia, dietas vegetarianas ou veganas, ou simplesmente pela praticidade no dia a dia”, indica Rejane.

Mesmo pessoas sedentárias devem se atentar à ingestão de proteínas, ainda que as necessidades sejam menores. “As proteínas são essenciais para funções vitais, como manutenção dos tecidos, imunidade, produção de hormônios e enzimas, prevenção de perda muscular, controle do peso e saciedade”, afirma Rejane.

A principal diferença entre obter proteína de alimentos ou de suplementos como o whey protein está no perfil nutricional. “Alimentos integrais contêm proteínas e outros nutrientes como vitaminas, minerais, fibras e gorduras saudáveis. Já o whey fornece principalmente as proteínas, com poucos ou nenhum outro nutriente”, esclarece.

Outra diferença está na digestão e absorção. Enquanto os alimentos possuem uma digestão mais lenta devido à matriz alimentar complexa, o whey protein é absorvido mais rápido, principalmente no pós-treino.

“O whey protein pode ser uma ferramenta prática e eficiente para complementar a ingestão de proteínas, mas não deve substituir completamente alimentos ricos em proteínas. O ideal é equilibrar o consumo de alimentos integrais e suplementar de acordo com suas necessidades e estilo de vida”, resume Rejane.

Cuidados ao consumir o whey protein

Quando consumido em quantidades adequadas, até duas doses (scoops) por dia, o whey protein contribui para o ganho de massa magra, controle de peso e aporte nutricional. No entanto, o consumo em excesso pode levar o corpo a eliminar o excedente de proteína pela urina ou até pelas fezes, causando sobrecarga nos rins e no fígado.

“O whey protein é apenas uma fonte proteica e não apresenta riscos evidentes. Porém, o uso excessivo pode gerar respostas indesejáveis, como uma hiperestimulação renal e hepática ao longo do tempo, especialmente se houver alguma predisposição ou doença pré-estabelecida”, explica o nutricionista Gustavo Carvalho, da Clínica Olympia, em Brasília.

Segundo ele, a escolha do suplemento também exige atenção. “Produtos com sabores muito próximos aos de chocolates ou sorvetes, por exemplo, podem conter mais sódio, açúcar ou gorduras. Além disso, proteínas que utilizam menos corantes e adoçantes artificiais são melhores opções, mas tendem a ter um custo mais elevado devido ao processo de produção”, alerta.

Carvalho reforça que o whey protein pode ser consumido por diferentes grupos, mas a orientação profissional é fundamental para ajustar o consumo conforme as necessidades individuais.

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