Tiro na cabeça e R$100 mil: foragido detalha morte de empresário em SP
Tadeu Almeida Silva, foragido pela morte do empresário Nelson Francisco, descreveu à Polícia Civil como ajudou Marlon Couto no crime
atualizado
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Foragido pelo envolvimento na morte do empresário Nelson Francisco Carreira Filho, Tadeu Almeida Silva descreveu à Polícia Civil como ajudou Marlon Couto Paulo Junior a ocultar o corpo. Ele também contou em detalhes da possível motivação para o assassinato.
Na última segunda-feira (26/5), o suspeito compareceu na Delegacia de Cravinhos, no interior de São Paulo. Ele confessou ser a pessoa que aparece com boné de Nelson nas imagens de câmeras de segurança captadas pela polícia.
Tadeu disse que, no último dia 16, Nelson chegou na empresa AppleLife com seu carro. Ali, aconteceria uma reunião. Até onde sabe, segundo ele, Nelson e Marlon eram parceiros no ramo de suplementos, sendo uma das marcas a Bariatric Gold.
Segundo o foragido, houve uma desavença entre os dois, porque Marlon estaria usando indevidamente a Bariatric Gold, da qual Nelson era dono, em seu site de vendas. “Para tentar solucionar a questão, Nelson exigia o pagamento de uma quantia mensal para que ele não derrubasse a página em que o suplemento era vendido”, afirmou Tadeu.
Ele disse ter ouvido um disparo e visto Marlon atirando na cabeça de Nelson. Segundo Tadeu, o suspeito de ter executado o empresário pediu para que ele pegasse lonas e cordas, para amarrar o corpo. Depois, uma mangueira, para lavar o sangue da vítima.
Conforme o depoimento, Marlon ainda teria orientado Tadeu a pegar o carro de Nelson e abandonar na cidade de São Paulo. Segundo Tadeu, ele alegou que iria jogar o corpo em um rio de Miguelópolis, também no interior paulista.
Depois de abandonar o carro, o foragido se encontrou com Marlon e Marcela, esposa dele e sobrinha de Tadeu. Os três foram se encontrar com a esposa de Nelson, que estava em uma delegacia.
Na sequência, acompanharam a viúva até em casa. Imagens de câmeras de segurança mostram Tadeu, Marlon e Marcela entrando no prédio em que o empresário morava com a família.
Segundo Tadeu, Marlon estava “normal, não demonstrando qualquer sentimento, inclusive, perguntando para Tatiana, sobre o desaparecimento de Nelson, como quem quisesse ajudar de alguma forma”.
Ele disse que perguntou a Marlon o motivo do crime, que teria respondido que Nelson pediu “quantias significativas” para ele, que variava entre R$ 90 mil e R$ 100 mil.
A Justiça decretou a prisão de Marlon Couto Paulo Junior, Tadeu Almeida Silva e Marcela Silva de Almeida.
Empresário desaparecido
- Desaparecido desde 16 de maio, Nelson Francisco Carreira Filho é empresário da indústria farmacêutica.
- Buscas em abrigos e unidades de saúde foram realizadas, mas nenhum registro relacionado a Nelson foi localizado.
- Cartazes de desaparecimento foram emitidos e divulgados.
- Imagens foram inseridas no sistema de reconhecimento facial Smart Sampa.
- O corpo de Nelson, que teria sido jogado em um rio de acordo com depoimento de um dos suspeitos, ainda não foi localizado.