Tarcísio estuda mudar estação de partida de trem entre SP e Campinas
Governo de SP deve mudar ponto de partida do trem que irá conectar a capital a Campinas. Trajeto deverá ser percorrido em 64 minutos
atualizado
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O governo do estado de São Paulo estuda alterar o ponto de partida do trem intercidades que vai ligar São Paulo a Campinas, no interior paulista: em vez da Barra Funda, o novo trem poderá partir da estação vizinha Água Branca.
Planejado inicialmente para sair da Estação Barra Funda, na zona oeste da capital, o trem intercidades vai percorrer 101 quilômetros a uma velocidade média de 96 km/h até a Estação Campinas, em uma viagem direta de 64 minutos. O governo não informou se a eventual mudança para a Estação Água Branca vai impactar o tempo de percurso.
As duas estações ficam na mesma região, na zona oeste de São Paulo, com a diferença de que, enquanto a Barra Funda conecta a Linha 3-Vermelha do Metrô e as Linhas 7-Rubi e 8-Diamante da TM, a Água Branca conecta a Linha 7–Rubi da TM e está em fase de ampliação.
De acordo com a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), a mudança faria parte do projeto de expansão da Estação Água Branca, que seria transformada em um dos principais “hubs de mobilidade do Estado”.
Além do trem de Campinas, a ideia é que a Água Branca também seja integrada com a nova Linha 6-Laranja do metrô, com as Linhas 8-Diamante, 9-Esmeralda da TM, além da Linha 3-Vermelha e o trem intermunicipal de Sorocaba.
Para isso, a SPI prevê um investimento de R$ 1,3 bilhão e as obras serão realizadas pela concessionária TIC Trens, responsável pela implantação do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte, que conectará a capital a Campinas.
Entenda a ampliação da estação Água Branca
- A ampliação da estação Água Branca será dividida em três fases:
- Na primeira fase, ocorrerá a integração da Linha 6-Laranja com a Linha 7-Rubi, previsto ainda para o segundo semestre de 2026.
- Na segunda, ocorrerá a integração com as Linhas 8-Diamante, 9-Esmeralda e o TIC Campinas.
- Já na terceira fase, está prevista a preparação para a conexão com a Linha 3-Vermelha e o TIC Sorocaba.
Leilão com apenas um interessado
A construção do trem intercidades para Campinas foi arrematada em fevereiro de 2024 pelo C2 Mobilidade, consórcio formado pela fabricante de trens chinesa CRRC e a empresa Comporte Participações. A empresa foi a única a se interessar pelo projeto durante o leilão na B3.
O grupo fez a única proposta do leilão, com desconto simbólico de apenas 0,01% no valor da contrapartida que o governo ofereceu para a operação dos serviços.
Dos R$ 14,5 bilhões de investimento, o governo arcará com cerca de R$ 8,5 bilhões, com recursos próprios e financiamento do BNDES. O consórcio terá de gastar outros R$ 5 bilhões.
Contudo, o governo previu rear ainda uma contraprestação para a operação da linha, ao longo dos 30 anos de concessão, de R$ 8 bilhões. Venceria o leilão quem desse o maior desconto em relação a esse valor. Como foi o único interessado, o C2 Mobilidade ofereceu o desconto mínimo, 0,01%.