Crise dos coletes: PMs ajustam equipamentos com fita adesiva. Vídeo
Revezamento de coletes balísticos foi instituído em batalhões de São Paulo devido ao vencimento do prazo de validade de itens em uso
atualizado
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Uma determinação de comandantes da Polícia Militar (PM) de São Paulo para que as tropas façam revezamento de coletes à prova de balas evidenciou a precariedade dos equipamentos no estado. Além do registro de uso de itens com mau cheiro e manchas de suor, alguns policiais colocam fita adesiva para ajustar o tamanho dos coletes.
Em vídeo obtido pelo Metrópoles, é possível ver que agentes do 30º Batalhão (BPM), de Mauá, na Grande São Paulo, precisam transar o material adesivo para regular os coletes de proteção.
Assista:
Crise dos coletes da PM
- Conforme revelado pelo Metrópoles, os revezamentos começaram em fevereiro na cidade de Campinas, interior paulista, por determinação do 8º e do 47º batalhões do interior.
- Recentemente, batalhões de Ribeirão Preto, Guarulhos e da capital também recorreram ao modelo de rodízio de equipamentos.
- Policiais militares críticos à medida apontam que os equipamentos de proteção são de uso individual, como recomendam os fabricantes.
- Outra crítica feita pelos PMs é que, sem um colete próprio, eles ficam impossibilitados de realizar os serviços de bico oficial durante as folgas, como a Operação Delegada e a Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar (Dejem). Com isso, os agentes têm as rendas mensais reduzidas.
Neste mês, a Justiça de São Paulo suspendeu, em decisão liminar, o pregão eletrônico de compra de 15 mil coletes balísticos para a PM paulista. A decisão atendeu à solicitação de uma das concorrentes, que contesta o edital lançado em janeiro pelo Centro de Material Bélico da corporação.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a reposição dos equipamentos está ocorrendo gradualmente. Segundo a pasta, está prevista a aquisição de 17 mil coletes para este ano.
