IGP-M: “inflação do aluguel” recua 0,49% em maio, mais que o esperado
O IGP-M é conhecido como “inflação do aluguel” porque serve de base para reajustes de diversos contratos, como os de locação de imóveis
atualizado
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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a “inflação do aluguel”, recuou em maio deste ano, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (29/5) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Saiba mais
- Neste mês, o indicador caiu 0,49%, um recuo expressivo em relação à alta de 0,24% registrada em abril.
- Em maio do ano ado, o IGP-M ficou em 0,89%, acumulando uma queda de 0,34% em 12 meses.
- O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, estimava uma queda menor do IGP-M em maio, de 0,34%.
- No acumulado do ano, o IGP-M tem alta de 0,74%. Nos últimos 12 meses, de 7,02%.
O que diz a FGV
“Nos preços ao produtor, a expectativa positiva em relação ao volume da safra atual pressionou para baixo os preços de milho, soja e arroz, contribuindo para a queda das matérias-primas brutas agropecuárias. Além disso, o minério de ferro voltou a recuar, reflexo da menor demanda global, o que reforçou a desaceleração do IPA [Índice de Preços ao Produtor Amplo]”, explica Matheus Dias, economista do FGV Ibre.
“No IPC [Índice de Preços ao Consumidor], a combinação entre a queda do querosene de aviação e o efeito da baixa temporada provocou recuo nas tarifas aéreas, colaborando para a desaceleração dos preços ao consumidor. Por fim, embora materiais e equipamentos tenham registrado deflação, o comportamento dos custos com mão de obra segue limitando uma desaceleração mais acentuada do INCC [Índice Nacional de Custo da Construção]”, afirma.
IGP-M
O IGP-M é conhecido como “inflação do aluguel” porque serve de base para reajustes de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da análise dos preços ao consumidor, o índice leva em consideração custo dos produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e insumos da construção civil.