Rússia joga balde de água fria em negociações com EUA sobre a Ucrânia
Apesar do avanço nas negociações de paz sobre a guerra da Ucrânia, mediadas pelos EUA de Trump, Rússia disse que não aceita forma atual
atualizado
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O governo da Rússia jogou um balde de água fria nas negociações de paz sobre a Ucrânia, e disse que não aceita o atual formato do plano de paz que vem sido discutido com a mediação do governo de Donald Trump. O posicionamento do governo russo foi revelado pelo vice-chanceler do país, Sergei Ryabkov (foto em destaque), nesta terça-feira (1º/4).
Negociações de paz
- As negociações de paz entre Rússia e Ucrânia avançaram desde o início do ano, quando Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, mediador do diálogo.
- Até o momento, os dois lados concordaram com um cessar-fogo parcial, com o objetivo de proteger instalações energéticas, assim como uma pausa nas hostilidades no Mar Negro.
- Um cessar-fogo completo e um acordo que leve o fim da guerra ainda seguem travados.
Em entrevista à revista International Affairs, da Rússia, o número dois da diplomacia de Putin alegou que as atuais discussões não envolvem a eliminação do que o governo russo considera a “raiz” da guerra.
“Tudo o que existe hoje é uma tentativa de encontrar algum tipo de esquema que nos permitiria alcançar um cessar-fogo, como os americanos o imaginam”, disse Ryabkov. “E então ar para alguns outros modelos e esquemas, nos quais, até onde se pode julgar, não há lugar hoje para nossa principal demanda, ou seja, resolver os problemas associados às causas raiz deste conflito. Isso está completamente ausente e deve ser superado”.
De acordo com o diplomata, a demanda russa é um dos tópicos trabalhados por negociadores durante as últimas reuniões envolvendo autoridades da Rússia e EUA.
Resolver o que Moscou classifica como as “raízes” do conflito com a Ucrânia tem sido um pedido de Vladimir Putin, desde que as conversas de paz tiveram início. O presidente russo se refere, principalmente, a aproximação os ucranianos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), além do apoio ocidental ao país governado por Volodymyr Zelensky.
