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CV aterroriza comerciantes para pagar “Taxa de Tranquilidade”. Entenda

Operação da Polícia Civil de Mato Grosso cumpre 42 ordens judiciais contra o Comando Vermelho em Jaciara e região

atualizado

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CV cobrava “Taxa de Tranquilidade” de lojistas sob ameaça de represálias
1 de 1 CV cobrava “Taxa de Tranquilidade” de lojistas sob ameaça de represálias - Foto: null

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta terça-feira (3/6), uma operação contra um esquema de extorsão praticado pelo Comando Vermelho (CV) que impunha cobranças ilegais a comerciantes em Jaciara, São Pedro da Cipa e Rondonópolis.

A organização criminosa exigia o pagamento de um valor mensal batizado de “Taxa de Tranquilidade”, também chamada de “pedágio”, sob a justificativa de garantir segurança aos estabelecimentos.

Ao todo, foram cumpridas 42 ordens judiciais, sendo 31 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão preventiva, expedidos pela Terceira Vara de Jaciara. A ação integra o programa Tolerância Zero, estratégia do governo estadual para sufocar a atuação de facções criminosas em Mato Grosso.

Segundo as investigações, conduzidas pela Delegacia de Polícia de Jaciara, o grupo utilizava armas de fogo e ligações por videochamada com lideranças do CV para intimidar os comerciantes e exigir os pagamentos. Aqueles que se recusavam a pagar a “taxa” sofriam represálias como furtos, depredações e outros danos aos seus comércios.

“É uma investigação complexa, porque os comerciantes têm medo de denunciar, já que o grupo também está envolvido com o tráfico de drogas na região. Muitos temem por suas vidas e pelas consequências nos próprios negócios”, afirmou o delegado responsável, José Ramon Leite.

A apuração detalhada permitiu identificar não só os executores das cobranças, mas também o esquema interno da facção, com divisão clara de funções entre mandantes, notificadores e retaliadores.

A chamada “Taxa de Tranquilidade” era, na prática, uma ferramenta de domínio territorial e arrecadação ilegal por parte da facção.

A Polícia Civil segue com diligências para localizar possíveis novas vítimas e aprofundar a responsabilização criminal dos envolvidos.

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