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Portanto, a gente tem que continuar fazendo e deixar parado as que têm razão e precisam vender jornal falando bobagem.” E ele completou: “O meu comentário indignado é que a gente fez um jantar para arrecadar fundos para o programa, e a matéria diz que eu me reuni com empresários a pretexto de arrecadar fundos. Então, está bom. A incultura é um problema difícil de sanar no Brasil.” A fala do presidente do STF teve o condão de reforçar o meu onipresente sentimento de inutilidade e de ignorância, visto que estou entre os que não fazem nada e que apenas precisam vender jornal falando besteira. Se eu pudesse, abandonaria o jornalismo, mas estou condenado a ser inútil e inculto até o último dos meus dias por causa da minha imprevidência e das minhas lacunas de repertório insanáveis a esta altura da vida. Como não me resta outro caminho, tenho algumas perguntinhas bobas que já nem vendem jornal, tarefa que vem se mostrando mais difícil a cada dia. 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Zangado, Barroso dividiu o país entre quem faz algo e quem tem razão

O ministro Barroso ficou zangado com quem o criticou por ter ido a um jantar na casa do CEO da empresa iFood, que tem interesses no STF

atualizado

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Imagem colorida do ministro do STF Luís Roberto Barroso cantando em festa na cada do CEO do iFood -- Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do ministro do STF Luís Roberto Barroso cantando em festa na cada do CEO do iFood -- Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes sociais

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, ficou zangado com quem o criticou por ter participado de um jantar na casa do CEO da empresa iFood. O jantar foi para arrecadar fundos em apoio a um programa de ação afirmativa do CNJ.

Na cena que veio a público, e que motivou as críticas, o ministro Barroso aparece cantando um sambinha ao lado do CEO e de uma artista contratada para a ocasião. Como a iFood tem interesse em uma causa importante em julgamento no Supremo, a que pode vir a determinar a existência de vínculo empregatício de entregadores com empresas de delivery, viu-se ali uma demonstração muito livre, leve e solta de conflito de interesses.

O ministro Barroso expressou a sua zanga na abertura de uma sessão do CNJ. Disse ele:

“No Brasil, existem duas grandes categorias de pessoas: as que fazem alguma coisa e as que têm razão. Portanto, a gente tem que continuar fazendo e deixar parado as que têm razão e precisam vender jornal falando bobagem.”

E ele completou:

“O meu comentário indignado é que a gente fez um jantar para arrecadar fundos para o programa, e a matéria diz que eu me reuni com empresários a pretexto de arrecadar fundos. Então, está bom. A incultura é um problema difícil de sanar no Brasil.”

A fala do presidente do STF teve o condão de reforçar o meu onipresente sentimento de inutilidade e de ignorância, visto que estou entre os que não fazem nada e que apenas precisam vender jornal falando besteira. Se eu pudesse, abandonaria o jornalismo, mas estou condenado a ser inútil e inculto até o último dos meus dias por causa da minha imprevidência e das minhas lacunas de repertório insanáveis a esta altura da vida.

Como não me resta outro caminho, tenho algumas perguntinhas bobas que já nem vendem jornal, tarefa que vem se mostrando mais difícil a cada dia.

Não é errado o Poder Judiciário correr atrás de patrocínios de empresas que, de um jeito ou de outro, sempre têm uma ação em julgamento nos tribunais?

Uma empresa que doa dinheiro a um programa do CNJ ou de qualquer outra entidade judicial não espera contar com a boa vontade dos juízes que irão se debruçar sobre os seus processos?

Todos os juízes são como o ministro Barroso, que sabe evitar o conflito de interesses quando está diante de uma causa de quem doou dinheiro a iniciativas sociais do Judiciário ou de quem o levou para discutir o Brasil no exterior, em viagens suntuosas?

Fazer alguma coisa não inclui nunca fazer a coisa errada com a melhor das intenções?

Se nem o papa mais se considera infalível, a infalibilidade ministerial não deveria ser revista pelos integrantes do Supremo?

Há quem possa dizer que as minhas perguntinhas bobas são retóricas. Afinal de contas, como alguém que precisa vender jornal falando bobagem, eu estaria na categoria de quem acredita ter sempre razão. Mas juro ao senhor, ministro Barroso, que desisti de ter razão já faz tempo. Eu apenas finjo que acho ter. Há outros fingidores também.

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