Presidência de comissão para Eduardo Bolsonaro vira prioridade no PL
Após PT pedir a apreensão do aporte de Eduardo Bolsonaro, PL quer garantir presidência da comissão para filho de Jair Bolsonaro
atualizado
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Após o PT entrar na Justiça pedindo a retenção do aporte de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), parlamentares do PL afirmam que irão priorizar na Câmara a presidência da Comissão de Relações Exteriores para o deputado paulista.
Segundo membros da bancada do PL, o atual líder da bancada, Sosténes Cavalcante (RJ), afirmou que, “com ou sem aporte”, Eduardo será indicado como presidente do colegiado na Casa Legislativa.
O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, afirmou nas redes sociais que a tentativa petista de retirar o aporte do deputado visa “criar um constrangimento” para impedi-lo de assumir a comissão.
Entenda
- O PT alega que Eduardo Bolsonaro comete o crime de lesa-pátria; por isso, pede a apreensão do aporte do deputado federal.
- Moraes deu cinco dias para a PGR se manifestar no processo.
- O filho “03” do ex-presidente diz que Moraes se “mostra chateado” pelas visitas dele aos EUA.
Na próxima semana, na volta dos trabalhos da Câmara após o Carnaval, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), deverá retomar as discussões sobre as presidências das comissões.
PT contra Eduardo
O PT protocolou junto ao ministro Alexandre de Moraes uma queixa-crime, assinada pelo líder da bancada, Lindbergh Farias (RJ), e pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), para reter o aporte de Eduardo Bolsonaro.
O motivo foram as recentes viagens do deputado bolsonarista aos Estados Unidos, nas quais Eduardo se reuniu com lideranças republicanas que apresentaram projetos para impor sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal.
No documento, ao qual o Metrópoles teve o, petistas acusam o filho “03” do ex-presidente de agir em “total dissintonia com a realidade, atentando contra os interesses nacionais” e de promover “retaliações contra o Brasil nos Estados Unidos”.
A petição petista sustenta que a conduta do parlamentar pode ser enquadrada como crime de lesa-pátria, pois atentaria contra a “soberania nacional, a integridade das instituições democráticas e o interesse público, comprometendo a estabilidade do Estado e suas relações internacionais”.