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Economistas apostam na desaceleração e recuo do agro Juliana Trece, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) e coordenadora do Monitor do PIB, ressalta que o “super crescimento” do PIB no período não deve ser observado ao longo do tempo. Ela prevê uma desaceleração nos próximos trimestres. O FGV Ibre segue estimando alta de 1,9% no PIB deste ano. Trece reforça que, ao longo do ano, os dados referentes ao PIB “vão mostrar números bem mais fracos do que esse crescimento tão expressivo acima de 1%”. Segundo ela, o efeito dos juros ganhará um maior destaque nesta desaceleração. Ela destaca que a magnitude da expansão ocorreu em função do bom desempenho do setor da agropecuária. No entanto, a economista explica que muito desse crescimento foi puxado pela colheita da soja, com concentração nos primeiros meses do ano. 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Entenda por que o PIB brasileiro deve perder força até o fim do ano

A contribuição da agropecuária deve desacelerar e a manutenção dos juros em patamares elevados pode limitar o crescimento econômico

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 1,4% nos primeiros três meses do ano, com grande influência da agropecuária. Embora positivo, economistas avaliam que a economia brasileira perderá o fôlego nos próximos trimestres.

Especialistas consultados pelo Metrópoles entendem que o resultado do PIB do primeiro trimestre reforça a percepção de que a economia segue resiliente, embora em um ritmo moderado. É consenso que a manutenção da taxa de juros em patamares mais elevados pode limitar o crescimento da atividade econômica nos próximos trimestres.


O PIB

  • O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano.
  • Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom, enquanto um recuo implica encolhimento da produção econômica da nação.
  • A estimativa do Banco Central (BC) para o crescimento do país neste ano é de 1,9%. Já o Ministério da Fazenda projeta uma expansão mais otimista, de 2,4%.
  • Para o mercado financeiro, o PIB do Brasil avançará 2,14% em 2025.
  • Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, ante crescimento de 3,2% no ano de 2023.

Economistas apostam na desaceleração e recuo do agro

Juliana Trece, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) e coordenadora do Monitor do PIB, ressalta que o “super crescimento” do PIB no período não deve ser observado ao longo do tempo. Ela prevê uma desaceleração nos próximos trimestres. O FGV Ibre segue estimando alta de 1,9% no PIB deste ano.

Trece reforça que, ao longo do ano, os dados referentes ao PIB “vão mostrar números bem mais fracos do que esse crescimento tão expressivo acima de 1%”. Segundo ela, o efeito dos juros ganhará um maior destaque nesta desaceleração.

Ela destaca que a magnitude da expansão ocorreu em função do bom desempenho do setor da agropecuária. No entanto, a economista explica que muito desse crescimento foi puxado pela colheita da soja, com concentração nos primeiros meses do ano.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o agro foi o principal responsável pela magnitude de crescimento do PIB brasileiro no trimestre, com incremento de 12,2% na economia brasileira.

Trece lembra que, o país vive em um momento de ciclo de aperto monetário (ou seja, o aumento dos juros). Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está em um patamar mais restritivo — a 14,75% ao ano, como definiu o Banco Central.

“Isso [patamar elevado dos juros] tem um efeito que demora para chegar na atividade econômica. Então, a gente está começando agora a sentir os efeitos na atividade econômica do que começou no final do ano ado [em setembro]”, comenta ela.

Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, diz que “a taxa Selic não impediu o avanço da atividade, mas restringiu a expansão do crédito e os investimentos de maior fôlego, o que limita o potencial de aceleração mais prolongada”.

Embora veja o PIB arrefecendo nos próximos meses, Trece não vê nenhum cenário de retração ou recessão da atividade econômica do país. Segundo ela, pode ocorrer uma queda em algum momento, mas nada que ligue “o alerta para uma recessão”.

Por outro lado, Cristina Helena Pinto de Mello, professora de economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), é mais otimista em relação ao crescimento da economia, mas ainda aposta em um desempenho pior nos últimos dois trimestres.

“O resultado do PIB foi bastante impressionante porque mesmo com uma política monetária contracionista e uma taxa de juros elevada, nós tivemos um bom desempenho de serviços complexos, da agricultura”, pondera.

Ela prossegue: “É possível que a gente mantenha o ritmo de crescimento até o final do ano e bata aí uns 2,5%, 3% de crescimento esse ano. É possível também que a gente veja um desempenho um pouco pior no segundo semestre”.

Mello crê que a necessidade de ajuste fiscal — com fins do cumprimento da meta fiscal estabelecida no arcabouço fiscal (novas regras das contas públicas) — e incerteza do mercado internacional com o chamado “tarifaço” do governo de Donald Trump são fatores que podem conter uma eventual expansão da atividade econômica do Brasil.

“É preciso fazer algum monitoramento, não dá para extrapolar o ado para o futuro por conta dessa mudança. E a gente tem o ajuste fiscal que deve amenizar um pouco esse ritmo de crescimento do PIB”, defende a professora.

Crescimento do país depende de reformas

Para Enrico Gazola, economista pelo Insper e sócio-fundador da Nero Consultoria, o crescimento do primeiro trimestre “não deve ser confundido com uma aceleração sustentada”. Ele aposta que os meses seguintes vão “devolver parte desse impulso”.

“O dado é bom, mas pontual. O Brasil segue crescendo abaixo do seu potencial de longo prazo, travado por baixa produtividade, insegurança jurídica e um Estado que custa caro e entrega pouco”, afirma.

“Sem reformas estruturais que destravem investimento privado e ampliem a eficiência do gasto público, continuaremos em voo de galinha – ainda que, no momento, o frango esteja batendo asas com força”, analisa Gazola.

Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, entende que “o ritmo de crescimento ainda depende de mais clareza sobre os próximos os da política monetária”, que é conduzida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

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